Na primeira sessão de abril, representantes do Legislativo prestam solidariedade às famílias das vítimas de Blumenau.
Araranguá
A tragédia que assolou famílias de Blumenau na manhã de quarta, 05, não ficou alheia para os vereadores araranguaenses. Ao iniciar a primeira sessão do mês – no mesmo dia à noite, um minuto de silêncio foi dedicado às tenras vítimas do crime brutal em uma creche do município catarinense. Além disso, foi discutido em plenário sobre formas de garantir mais segurança nas escolas locais.
Segundo a mesa diretora, é necessário trazer assuntos relativos ao tema Segurança nas Escolas para a pauta das próximas sessões e também cobrar do Poder Executivo providências. “É importante dar Segurança não apenas para as crianças, mas para os professores tão castigados. Temos que discutir um caminho com o Executivo e ajustar o que deve ser feito. Ou isso acontece, ou daqui a pouco esta tragédia pode ser conosco”, alertou o presidente da casa, Luciano Pires.
Durante a palavra livre, os vereadores debateram o assunto: Acompanhe o que disseram:
Nelson Soares (PDT): “Não sei o que houve na pandemia que mudou a cabeça dos jovens. Estão associando esta tragédia com uma tarefa de um jogo eletrônico e isso me deixa preocupado com o tipo de educação e escolas queremos no futuro. Como homens públicos devemos discutir sobre o assunto. Como pai estou consternado, triste e preocupado. Ano ado entrei nesta casa com um projeto para melhorar a segurança nas escolas com mais câmeras e detectores de metal. É preciso o município firmar parceria com o estado e melhorar a segurança das escolas de maneira efetiva”;
Luciano Pires ( PODE): “É uma perda irreparável essa tragédia de Blumenau. Recebi muitas mensagens hoje de araranguaenses preocupados com a segurança em nossas escolas e com medo do que aconteceu lá. Quem vais resolver a situação em nossa cidade somos nós, por isso, precisamos ‘colocar o dedo na ferida e resolver’. Se for preciso a istração contratar uma empresa terceirizada para a segurança para não inchar a folha de pagamento, que assim seja. Esta tragédia de hoje alerta para o que pode acontecer em um município do porte de Araranguá. Quem sabe não seria necessário criar uma guarda-municipal?”.
Luiz da Farmácia (PL): “A nossa constituição possui muitas lacunas que permitem a impunidade no país. Nos Estados Unidos são feitos treinamentos nas escolas ensinando os alunos a correr, se proteger ou enfrentar dependendo da idade. Quando se fala em monitoramento com câmeras nas escolas, alguns pais da nossa sociedade acabam entendendo que os filhos não podem ser protegidos pelos policiais, seria necessário o poder público e as forças de segurança fazerem um debate sobre o assunto em Araranguá, o que nunca foi feito. Acho que estamos vivendo um caos na sociedade”.
Lena Périco (MDB): “Como professora sabemos de onde vem este problema. Existe uma inversão de valores, os pais têm terceirizado a educação de seus filhos querendo que a escola assim a faça. Vivemos um país de impunidade, o que foi feito com a tragédia em Salete? Teve andamento? A intolerância no setor jurídico é muito grande com certas coisas, este crime de Blumenau, estas vidas perdidas serão esquecidas em alguns meses, agora a discussão para a criação de uma sala íntima nas penitenciárias ocorre constantemente. É preciso ter intolerância zero para algumas situações!”.
Samuel Nunes – Samuca (PSD): “Protocolei em 20 de março por conta de outros crimes semelhantes que ocorreram no país um pedido para que tenha serviço de segurança armada, portas com detector de metal e cerca elétrica nas escolas do município. Antigamente um pedido deste seria considerado um absurdo, mas hoje é uma necessidade. Faço um apelo ao Executivo Municipal que faça este investimento. Se tiver nas escolas um segurança armado e treinado para determinadas situações, evitaria a ação e entrada de bandidos como estes”.
Diego Pires (PDT): “Devemos nos atentar com as creches terceirizadas do nosso município que recebem menos que o ideal para a sua manutenção. Talvez vigilância armada seja utopia, mas quem sabe as creches do município tenham vigilantes homens contratados para fazer a segurança. Pelo menos é uma medida paliativa! A Câmara devolveu nos últimos seis anos em torno de dez milhões para o município, será que não seria suficiente para estas medidas?”.
Diran (PP): “Espero que o presidente, Lula, se preocupe com a segurança nas escolas como se preocupou em desarmar as pessoas do bem! É obrigação nossa garantir Segurança Pública de toda a população araranguaense. Por que os cofres públicos e as autoridades nomeadas andam com segurança armada e protegidos? E as crianças – que são o nosso futuro – desguarnecidas. Espero que desta vez os Direitos Humanos não queiram defender o indefensável. Precisamos sim proteger as creches, mas não adianta nada ficarmos aqui falando e não agirmos. Hoje foi Blumenau, amanhã pode ser Araranguá”.
Jair Anastácio (PT): “Esta barbárie deixou todos chocados. Esse crime aconteceu em uma instituição de ensino com crianças inocentes tendo sua vida interrompida. Recebi nas redes sociais mais de trinta solicitações de araranguaenses para que exigíssemos mais segurança nas escolas do município. Como professor entendo que a escola é espaço de educação, mas infelizmente chegamos a uma situação tão difícil que medidas mais rígidas, muros altos, cerca elétrica são necessárias. A vida destas crianças não podemos recuperar, mas o debate precisa ir além”.
Fonte: Assessoria de Comunicação – Câmara de Vereadores de Araranguá