Sem casos desde 1989, Opas alerta para alto risco de volta da poliomielite voltar ao Brasil

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Organização alega que principal razão para possível retorno da doença é a baixa coberta vacinal.

Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) alertou nesta quarta-feira (21) que o Brasil corre um risco muito alto de registrar caso da poliomielite. Doença não tem casos confirmados no país desde 1989. Além do Brasil, República Dominicana, Haiti e Peru também estão em alerta.

Segundo o Opa, uma das principais razões para possível retorno da doença no Brasil é a baixa coberta vacinal. A cobertura regional de vacinas para a doença caiu para cerca de 79%, o menor índice desde 1994.

Há 10 anos, a cobertura vacinal era de 96,5%, caindo para 61,3% em 2021 e, até o momento, 51,2% do público-alvo foi vacinado em 2022.

Em Santa Catarina, as taxas de vacinação não são muito diferentes. Segundo dados do Ministério da Saúde, o estado deve vacinar 391.034 crianças. Até agora, 272.965 delas foram imunizadas, ou seja, 69,8% da meta.

“Vivemos no mundo de uma forma globalizada e, quando menos esperamos, podemos ter a reintrodução de um vírus que não circulava aqui no Brasil”, disse a infectologista e consultora de vacinas do Delboni Medicina Diagnóstica, da rede Dasa, Maria Isabel, em entrevista ao R7 em agosto deste ano.

No Brasil, não há registro de infectados desde 1989, ou seja, 33 anos. Em 1994, o país recebeu o certificado de erradicação emitido pela Opas/OMS (Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde).

O Ministério da Saúde chegou a prorrogar a campanha nacional de vacinação contra a poliomielite e multivacinação até dia 30 de setembro. O objetivo é atualizar a caderneta de vacinação de crianças e adolescentes menores de 15 anos.

Fonte: R7