SC: Pesquisadores trabalham em mapa da febre amarela com a ajuda da comunidade

0
65

Os pesquisadores estão em busca de material genético do vírus da febre amarela para criar um mapa da situação dos vetores.

Pesquisadores de Lages, na Serra de Santa Catarina, desenvolveram um projeto para identificar o material genético do vírus da febre amarela em mosquitos urbanos em diferentes regiões do Estado. O projeto é do CAV (Centro de Ciências Agroveterinárias), da Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina).

Chamado de “Mosquito na caixinha”, o projeto usa a comunidade para a pesquisa dos vetores responsáveis pela disseminação do vírus. Os pesquisadores estão em busca de material genético do vírus da febre amarela para criar um mapa da situação dos vetores.

Uma das ações ocorreu no início do mês em Indaial, no Vale do Itajaí. Alunos do sétimo ano de duas escolas da rede municipal participaram de um encontro com a mestranda Mariana Farias Brandão. Ela está desenvolvendo a pesquisa, orientada pelo professor Luiz Claudio Miletti, no Programa de Pós-Graduação em Ciência Animal.

Em parceria com a Secretaria de Educação de Indaial, a pesquisadora aplicou o projeto nas escolas Encano Baixo Rudolfo Alfarth e Juvenal Carvalho. Nos locais, também foram instaladas armadilhas do tipo Adultrap®, capazes de capturar a fêmea do mosquito Aedes aegypti. A espécie é a principal responsável por infectar as pessoas com a febre amarela em áreas urbanas.

Os estudantes assistiram uma aula sobre o tema, participaram de um jogo de perguntas e respostas e receberam um kit com dois frascos para coletar mosquitos em suas próprias casas. Os insetos capturados nas escolas foram entregues à mestranda e serão analisados em laboratório, junto às demais amostras coletadas no Parque Municipal Jorge Hardt.

Os resultados serão disponibilizados para ações de vigilância epidemiológica do SUS (Sistema Único de Saúde. Além de Indaial, o projeto já foi aplicado em Mafra, no Planalto Norte de Santa Catarina, e irá abranger os municípios de ville, também no Plantalto Norte, e Criciúma, no Sul. Os locais foram escolhidos com base em dados fornecidos pela Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica) sobre ocorrência de febre amarela em macacos no Estado.

Fonte: ND Mais