SC: Com alta de 3.000% nos casos ativos em um mês, Saúde diz que impacto já era esperado

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Para secretário Adjunto de Estado da Saúde, Alexandre Fagundes, presença da Ômicron e festas de fim de ano potencializaram a transmissão da Covid-19.

Os casos ativos da Covid-19 em Santa Catarina subiram mais de 3.000% em apenas um mês. O boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde nessa terça-feira (25) contabiliza 66.851 infectados em fase de transmissão da doença.

Já o boletim do dia 25 de dezembro de 2021 aponta 1.987 casos ativos, ou seja, uma alta de 3.264%. Em 24 horas, foram notificados 5.325 casos ativos mais. Outros 9,7 mil testes ainda estão em análise no Lacen/SC (Laboratório Central de Saúde Pública).

Segundo o secretário Adjunto de Estado da Saúde, Alexandre Lencina Fagundes, a mudança no cenário da Covid-19 em Santa Catarina já era esperada, especialmente, por conta da presença da variante Ômicron.

“Já sabíamos que a nova variante chegaria por aqui. O fato da variante ser mais contagiosa somado ao período de festas de fim de ano, com fluxo intenso de turistas, certamente potencializou a transmissão da Covid-19”, avalia.

Nessa terça-feira, a OMS (Organização Mundial da Saúde) informou que os casos da doença associados à variante Ômicron já representam 90% dos analisados em laboratórios de todo o mundo.

Regras mais rígidas descartadas

Mesmo diante da explosão de casos da Covid-19 neste início de ano, medidas mais rígidas de combate à doença estão descartadas no momento.

“Como gestor, é preciso analisar todo o cenário. Regras mais rígidas precisariam ser absorvidas pela população. Hoje, temos uma série de regramentos que já trazem segurança à sociedade”, aponta Alexandre.

Segundo ele, em um contexto de alta transmissibilidade, certas ações devem ser mantidas e intensificadas. Entre elas, a campanha de imunização e aqueles cuidados básicos para barrar o contágio.

“Evitar aglomeração, usar máscara, adotar a etiqueta da tosse e a higiene das mãos. São atitudes simples, mas que protegem o cidadão e a coletividade”, defende.

A alta cobertura vacinal no Estado faz toda a diferença no enfrentamento à doença, acrescenta Fagundes. “Preocupa menos porque a maioria dos casos não são graves”.

O secretário Adjunto, no entanto, reconhece que o crescimento de casos abala a porta de entrada do sistema de saúde, como as unidades básicas e UPAs.

“Estamos em alerta e com planos de contingência prontos para serem colocados em prática. Temos capacidade de absorver esse impacto com uma resposta rápida”, garante.

Fonte: ND Mais