Seu Manoel Rodrigues e sociedade com Luciano Rodrigues nos anos de 1820 compraram a sesmaria Rodrigues. Com três léguas de fundo ela ia desde Arroio Grande até o Mampituba.
Após o falecimento de Luciano Rodrigues em 6 de abril de 1850, foi ado em Laguna um registro de terras de herança para Vitorino Rodrigues.
A capela São Dominós das Torres, feita por Manoel Rodrigues, foi a primeira capela construída onde sua esposa foi sepultada.
Em 8 de julho de 1938 a 1ª missa foi celebrada em outra capela construída por Vitorino Rodrigues, onde foi celebrado o casamento de Henrique Gomes.
Já na década de 1920 uma grande peste de gado assolou Sombrio e arredores. Vital Machado, morador da localidade de Palmeira teria feito uma promessa.
“Que no caso de não ar a peste para o campo litorâneo, onde se achava muito gado, iria mandar rezar nessa zona um terço a São Sebastião no dia 20 de janeiro”.
No dia de pegamento da promessa, inúmeras pessoas se reuniram aos arredores da Palmeira e de Sombrio. Uma novena foi rezada por um capelão convidado de baixo de uma figueira. Esse feito se repetiu no ano seguinte, levando diversas pessoas, que por sua vez, levaram inúmeras “prendas” que foram leiloadas afim de se levantar fundo para a construção de uma capela em honra a São Sebastião.
Inácio Sibirino, dono da imagem do Santo, ou a ser o depositário da quantia, que por sua vez, ou a tradição ao seu filho, Sebastião Sibirino.
As 11 horas rezava-se o terço debaixo da figueira e sem seguida um baile era feito ao ar livre debaixo da mesma árvore. Em seguida um baile era realizado nas casas próximas ao local.
Já no ano 1944 Inácio Nunes e Jesuíno Godinho foram a Sombrio para tratar com o Pe. João Reitz sobre o início da capela.
Em 20 de janeiro de 1946 a 1ª festa de São Sebastião, padroeiro da capela, foi realizada. Os moradores sugeriram proclamar Nossa Senhora Bom Jesus do Iguap como padroeiro, deixando, desse modo, São Sebastião, como padroeiro para a localidade da Figueirinha.
Sempre realizada no dia 20 de janeiro, a festa de São Sebastião é a maior festa religiosa da região. Tanto em Balneário Gaivota, como em Sombrio, é feriado no dia.
Cerca de 15 mil pessoas de inúmeras cidades se deslocam para a localidade de Figueirinha em Balneário Gaivota para pagar suas promessas e para pedir uma graça ao Santo.
Desde 2006 a festa tem a participação da irmandade de São Sebastião, fundada pelo Padre Valmor Della Justina, acolhe os romeiros com a distribuição de um belo café da manhã.
Outra forte tradição é a dos romeiros que levam pães com o formato da graça recebida, tais pães são vendidos e o dinheiro é usado na manutenção da capela.
A comunidade também já abrigou o Museu de São Sebastião, onde eram deixadas cruzes, muletas e doções para o santo.
Hoje dia 20 não foi diferente e as pessoas acordaram cedo para ir a pé e em silêncio, cantando ou contando graças alcançadas, os romeiros seguiram seu caminho, rumo ao sagrado e as coisas do divino.
“Só estou vivo por que meu Santo, São Sebastião, me salvou, eu estava desenganado pelos médicos e graças a Deus ele intercedeu por mim e enquanto eu tiver saúde virei todos os anos agradecer” Comentou seu Zeferino Neves, romeiro.
Com bazar, missa, café da manhã, renovação da fé, novas amizades, rever as antigas, pegar promessas, agradecer, ou pedir uma graça, a festa reúne pessoas dos mais variados tipos e as mais variadas histórias.



