Uma fábrica que comercializaria artigos alusivos ao nazismo foi alvo de uma operação policial em Timbó nesta quinta-feira (2).
Na tarde desta quinta-feira (2) a Polícia Civil deflagrou uma operação que resultou na apreensão de diversos itens alusivos ao nazismo em uma empresa de Timbó, no Vale do Itajaí. O material estava armazenado em dois contêineres na empresa do suspeito.
A investigação foi requisitada no mês de julho, pela 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Timbó. A investigação foi motivada para descobrir o responsável por um site que anunciava os artigos ilegais. Entre os itens, a Polícia Civil apreendeu um busto de Adolf Hitler, diversas pinturas alusivas ao nazismo, com desenhos da suástica característica do regime.
Ninguém foi preso na operação. Segundo as informações divulgadas pela polícia, o suspeito (que não foi identificado) está na Europa.

Entre os itens apreendidos estava um busto de Adolf Hitler e moldes para fabricação de águia sobre a cruz suástica – Luiza Goulart/NDTV






Prisão de até cinco anos
Fabricar, comercializar e distribuir itens que fazem apologia ao nazismo é crime. O suspeito, caso seja condenado, pode pegar até cinco anos de prisão, além de multa.
Onda nazista em Santa Catarina
O caso de itens alusivos ao nazismo não é o primeiro registrado em Santa Catarina. No mês de maio viralizou na internet um vídeo que mostra um homem balançando a bandeira com a suástica em um apartamento. O vídeo foi feito em Florianópolis.
Na ocasião, a reportagem do ND+ conversou com o professor de história da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) João Klug, que trabalha com o assunto há mais de 40 anos. Para o professor é perceptível que o assunto tem se tornado mais frequente de um curto tempo para cá.
Segundo Klug, a alta quantidade de manifestações e movimentos neonazistas em território catarinense – e seu eventual aumento nos últimos anos – tem com base múltiplos fatores. Um deles é a ligação desse crescimento a uma onda que ocorre em todo o mundo desde a metade da última década.
“O que eu percebo é que tem acontecido com muito mais frequência que um tempo atrás, e estou associando isso a uma visão de impunidade em relação a manifestações, atitudes violentas a imigrantes e homofobia”, explica o historiador.
Fonte: ND Mais