Explosão da doença foi registrada em janeiro, com aumento de 1.406,7% de casos ativos em apenas 23 dias.
Mesmo com um salto de 4,5 mil para 67,9 mil casos ativos de Covid-19 em janeiro, o secretário de Educação de Santa Catarina, Luiz Fernando Vampiro, defende que a escola não pode ser vista como “vilã”, já que está fechada há pouco mais de um mês.
O secretário Vampiro, contudo, pondera que caso exista uma explosão de internações, a situação das escolas poderá ser reavaliada. “Não somos radicais. Se tiver mil pacientes de UTI, vamos repensar, mas agora não tem como pensar diferente.”
“A escola é um ambiente seguro, tem regramento, disciplina, a máscara. Muito mais do que praias ou baladas, não pode haver um fantasma sobre ela.” A volta às aulas totalmente presencial está marcada para 7 de fevereiro.
Segundo a portaria conjunta das Secretarias de Educação, Saúde e Defesa Civil, publicada na última quarta-feira (19), foram estabelecidas ações para garantir a melhor circulação do ar, além da compra de equipamentos de ar condicionado e ventilação.
Apesar da explosão da doença — em apenas 23 dias, o índice de casos subiu 1.406,7% — o número de internações de Covid no SUS não acompanhou a alta. Nesta terça-feira (25), há 215 pacientes internados pela doença, ou seja, 52,69% de leitos ocupados.
Além disso, ele argumenta que é necessário avançar no andamento das matérias e na entrega do conteúdo, já que a aprendizagem foi prejudicada durante a pandemia.
“Escolas nos Estados Unidos, na Europa, nunca sequer fecharam, mesmo com o grau máximo da pandemia. Hoje temos expertise e dados para afirmar que a escola é segura”, reitera.
Segundo Vampiro, ao realizar o rastreamento dos casos de Covid nas escolas, foi possível verificar “que o contágio não era dentro da escola, era em uma festa familiar ou na casa de um vizinho”.
Assim, a chance de contaminação no ambiente escolar é mais baixa se comparada a outros locais, explica o secretário.
Explosão de casos
Entre os dias 14 e 21 de janeiro, o número de infectados pelo coronavírus em Santa Catarina cresceu 104% em relação à segunda semana de 2022, uma vez que foram notificados mais de 53.527 novos casos da doença em apenas sete dias. Isso significa uma média diária de 7.647 registros da doença.
O dado consta no informe do Necat (Núcleo de Estudos de Economia Catarinense) divulgado pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).
É o maior patamar das médias verificadas ao longo de toda a pandemia. Para o professor Lauro Mattei, que assina o informe, isso representa uma aceleração expressiva do contágio no Estado.
Vacinação infantil
Um estudo de novembro do ano ado da Pfizer apontou que doses da vacina contra a Covid da farmacêutica, para crianças de 5 a 11 anos, são seguras e apresentaram eficácia de quase 90,7% na prevenção de infecções sintomáticas.
Assim, o imunizante é indicado para crianças e adolescentes de 6 a 17 anos que sejam imunossuprimidas, além das crianças de 5 anos.
Na última sexta-feira (21), a vacina Coronavac também foi incluída pelo Ministério da Saúde no plano de imunização contra a Covid-19 para crianças e adolescentes de 6 a 17 anos que não sejam imunossuprimidos.Fonte: ND Mais