O Hospital Regional de Araranguá (HRA) está buscando se tornar referência estadual em mais uma especialidade: a gestação de alto risco. Hoje as gestantes precisam se deslocar aos grandes centros para fazer o acompanhamento e o parto com maior segurança.
O diretor do Hospital Regional de Araranguá, Kristian de Souza, garante que o processo está bem avançado.
“Nós estamos para habilitar a gestação de alto risco. Já está tramitando na secretaria de Saúde. Hoje o Carmela Dutra em Florianópolis é referência. Mas acabaremos absorvendo a demanda da região. Vamos ter que fazer mudanças significativas tanto na parte assistencial quanto na parte estrutural. Mas tudo já está planejado e organizado”.
Kristian garante que capacidade e mão de obra especializada o HRA possui. “Hoje o hospital não está habilitado, mas está apto a receber pela estrutura que tem. O hospital pode evoluir muito mais, principalmente nas altas complexidades. Temos estrutura e equipe para isso. Agora dependemos de habilitações e contrapartidas do governo do Estado e do próprio Ministério da Saúde para que o serviço venha para cá e que não precisemos mais deslocar as pacientes para outras regiões”.
Ampliando a capacidade
“Nós amos de cinco leitos para dez leitos de Utis neonatais. Agora temos que habilitar os leitos de maternidade que nós já estamos viabilizando. Essa é toda uma estrutura que facilitou a gestação de alto risco”, explica o diretor do Hospital Regional de Araranguá.
Kristian também fala da parceria com a Penitenciária Sul através do projeto Semear o Bem. “Nós precisávamos reformar macas e camas. Estavam em situação muito precária, praticamente sendo descartadas. Foi feito um belo trabalho de reforma. Eram itens bem antigos, alguns com mais de uma década. Não temos verba para aquisição, ela (verba) é apenas para custeio, então a gente faz essas parcerias e vai reformando na medida do possível. Se deixarmos de fazer manutenção fica quase que inviável e o hospital chegou a esse ponto. Mas graças a Deus estamos conseguindo reformar e dar maior conforto aos pacientes e aos acompanhantes”.
Trabalho de excelência
“O trabalho nas camas e macas foi tão perfeito que ficaram praticamente novas. Ontem (quarta-feira) eu fui fazer uma visita na Penitenciária Sul e fiquei espantado com a organização, modelo de trabalho e a metodologia deles de gestão. A unidade é exemplo para todo Brasil em termos de dignidade e de ressocialização. Eles têm feito um trabalho excelente. Eu fiquei muito impressionado com o trabalho que eu vi na Penitenciária Sul. Espero que essa seja a primeira de muitas parcerias entre o Hospital Regional e a Penitenciária Sul”.
Investimento
“Precisamos investir na parte da edificação já que ainda são muitas infiltrações. A parte de pintura externa e o nosso estacionamento também precisam ser melhorados. Nós temos projeto para tudo, mas ainda não temos o dinheiro. Esperamos que no próximo ano consigamos dar continuidade nas reformas e nos investimentos. As pessoas já vão para o local fragilizadas e no mínimo precisam ter um conforto digno. Hoje as macas da UTI são todas eletrônicas para elevação de cabeceira e outras partes. Isso facilita para os funcionários também. Pretendemos reformar agora todas as do pronto-socorro, que são 34 ao todo. Claro que levaremos um tempo até finalizarmos esse projeto. Mas essa parceria com a Penitenciária Sul, com certeza, podemos ampliar. Inclusive eles fazem reforma de edifício, pintura, enfim, uma saída para um hospital 100% estadual, que atende pelo SUS”.
Fonte: Assessoria de Comunicação