População idosa dispara em SC, enquanto número de jovens reduz, mostra IBGE

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Maioria da população de Santa Catarina permanece sendo feminina, mostra novo estudo do Instituto.

Santa Catarina tem a 5ª maior proporção de idosos no Brasil, percentual que saltou de 11% (em 2012) para 15,2% em 2021 – é o grupo etária que mais cresceu no Estado em todo o período. A concentração de idosos é maior que em todo o Brasil (15,2%).

Por outro lado, a proporção de pessoas com até 17 anos caiu quase 3% no mesmo período, saltando de 26,5% para 23,6%. Os dados são da Pnad Contínua Anual (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) — Características dos Moradores 2020-2021, divulgados nesta sexta-feira (22) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A proporção de pessoas do grupo de 60 anos ou mais de idade em Santa Catarina é a quinta maior entre as Unidades da Federação do Brasil: ao todo, são 1 milhão e 116 mil pessoas que se enquadram neste grupo. O Rio de Janeiro (19,2%) detêm o maior percentual, e Roraima (7,7%), o menor.

População é majoritariamente feminina

A maioria da população catarinense permanece sendo feminina. Dos 7,33 milhões de moradores, 3,68 milhões (50,2%) são mulheres e os homens, são 3,64 milhões (49,8%). A diferença é menor que a do país, em que há 51,1% de mulheres 48,9% de homens.

De toda a população daqui, 81,5% se declarava como branco – eram 5,97 milhões de pessoas que se autodeclaravam brancas, número que aumentou cerca de 282 mil que em 2019. Este é o maior percentual no Brasil e equivale a 4 de cada 5 catarinenses.

“A despeito desse crescimento absoluto, as pessoas de cor branca tiveram, na composição populacional, uma redução percentual de 86,1% em 2012 para 81,5% em 2021. A proporção da população de cor ou raça preta (3,4%) em Santa Catarina era a segunda menor do país em 2021 e equivalia a um contingente de 246 mil pessoas”, detalha o IBGE.

Brasil tem 4,8 milhões de mulheres a mais que homens

Em todo o Brasil, o número de mulheres superou em 4,8 milhões o de homens no Brasil, o que dá uma média de 95,6 homens para cada 100 mulheres, detalha o Portal R7.

Em 2021, só a região Norte registrou população de homens elevada, com 102,3 homens para 100 mulheres. Já as regiões Nordeste e Sudeste apresentaram as menores participações de homens na população, com 93,9 e 94,2, respectivamente.

Conforme o IBGE, entre os fatores que podem influenciar as diferenças regionais estão os fluxos migratórios e os diferenciais de mortalidade.

Tendência de envelhecimento

“A análise da estrutura etária da população residente e a participação percentual de cada grupo etário por sexo, em 2012 e 2021, confirmam o alargamento do topo e o estreitamento da base dessa estrutura, evidenciando a tendência de envelhecimento populacional”, afirma o instituto.

No período, houve redução dos percentuais de homens e mulheres em todas as faixas etárias até 34 anos, ao o que foi estimado aumento em todas as faixas etárias acima de 34 anos, tanto para os homens quanto para as mulheres.

A população masculina apresentou padrão mais jovem que a feminina. Nos grupos de idade de 0 a 4 anos e de 5 a 9 anos é observada uma razão de sexo (população masculina em relação à população feminina) mais elevada quando comparados aos demais grupos etários, sendo, respectivamente, de 104,8 e 104,7 homens para cada 100 mulheres nesses grupos. Como a mortalidade dos homens é maior que a das mulheres em cada idade, a razão de sexo tende a diminuir com o aumento da idade.

No grupo etário de 25 a 29 anos, o contingente de homens e de mulheres era similar, correspondendo, cada um, a 4% da população total. A partir dos 30 anos, o percentual de mulheres era superior ao de homens em todos os grupos de idade, com a proporção de 26,6% e 29,5%, respectivamente, de homens e mulheres.

Um fenômeno demográfico observado entre os idosos é a concentração de mulheres nesse grupo etário. A razão de sexo calculada para a população com 60 anos ou mais mostrou que existem aproximadamente 78,8 homens para cada 100 mulheres.

Entre os idosos de 70 anos ou mais, a estimativa é que seja ainda menor (71,8 homens para cada 100 mulheres), o que pode ser explicado pelos diferenciais de mortalidade entre os sexos.

População

A população residente no Brasil foi estimada em 212,7 milhões de pessoas em 2021. Em 2012, início da série histórica da pesquisa, eram 197,7 milhões, o que representa um aumento populacional de 7,6% no período. Em 2020, a estimativa foi de 211,1 milhões.

Entre 2012 e 2021, as regiões Centro-Oeste (13%) e Norte (12,9%) apresentaram os maiores aumentos populacionais, contudo mantiveram as menores participações na população total (7,8% e 8,7%, respectivamente).

A região Sudeste, a mais populosa, concentrava 42,1% da população em 2021 e registrou aumento estimado de 7,3% em seu contingente em relação a 2012. Em contrapartida, a região Nordeste, que concentrava 27,1% da população residente em 2021, foi a que apresentou o menor aumento populacional entre as Grandes Regiões, com crescimento estimado em 5,1% no período. Entre 2020 e 2021, não houve diferenças significativas nas participações regionais na população total.

As estimativas de população projetadas pelo IBGE, revisadas em 2018, ainda não incorporaram os efeitos da pandemia de Covid-19, que resultaram na elevação direta dos óbitos, notadamente entre os idosos, assim como na redução de nascimentos, conforme dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde.

Fonte: Portal R7