Polícia investiga denúncia de irregularidade na vacinação em Araranguá

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A Polícia Civil investiga uma denúncia feita pela prefeitura de Araranguá, no Sul catarinense, sobre irregularidade na aplicação da vacina contra a Covid-19. Segundo a istração municipal, um voluntário que atuava como aplicador das doses foi flagrado em um vídeo na segunda-feira (24) não injetando o imunizante em uma idosa, que tinha direito a segunda dose. “Pelo vídeo, é claro que a vacina não foi aplicada. Um boletim de ocorrência foi lavrado” informou o secretário municipal de Saúde de Araranguá, Henrique Besser.

Não foi informado qual vacina seria aplicada e o que foi feito com ela. A idosa, que não recebeu a dose na segunda, foi imunizada na manhã desta terça-feira (25) por uma equipe própria do município, segundo a prefeitura, que não detalhou se mais pessoas podem ter sido lesadas.

Segundo a prefeitura, o voluntário é enfermeiro formado e estuda medicina na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O suspeito, segundo a prefeitura, tem especialização em aplicação de vacinas e já participou de outras campanhas de vacinação no município.

Investigações na Polícia e no MPSC

O delegado responsável pelas investigações, Thiago Reis, informou que nos próximos dias ouvirá testemunhas e realizará exames de perícia. Segundo ele, a investigação buscas analisar uma possível infração de medida istrativa e, caso surja alguma evidência de desvio de dose, o crime de peculato.

“Estamos em cima do caso. Ainda não foi ouvido o suspeito. Vamos ouvir as pessoas da equipe de vacinação. Buscar imagens de câmeras no local em que se deram os fatos. Realizar a perícia da caixa de descartáveis. Em regra buscamos realizar todas as diligências primeiro e ouvir o suspeito depois”, contou o delegado.

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) informou que foi instaurado um procedimento extrajudicial na terça-feira (25) a respeito do caso. O MPSC pediu mais informações ao suspeitos e à Secretaria Municipal de Saúde para analisar a situação. Os envolvidos tem cinco dias para responder o órgão.

A prefeitura da cidade informou que como o suspeito atuava como voluntário, uma sindicância interna não poderá ser aberta. Contudo, a istração afirma que seguirá acompanhando a investigação policial para descobrir se funcionários municipais estariam envolvidos.

Fonte: G1