Padre Kelmon é desligado de Igreja Ortodoxa; entenda

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A instituição religiosa publicou a informação na última sexta-feira (16), e afirmou que não poderia mais se responsabilizar pelo padre. 

O ex-candidato á presidência da república Padre Kelmon (PTB) foi desligado da Igreja Ortodoxa do Peru no Brasil. O comunicado da entidade religiosa ocorreu por meio de nota em uma página da internet, publicada na última sexta-feira (16) e assinada na quinta-feira (15).

Na nota, a Igreja informou que Kelmon não pertence mais ao clero da Santa Igreja Ortodoxa do Peru. Em função disso, ele não poderá ministrar os sacramentos e também não pode falar em nome da entidade religiosa.

A informação gerou repercussão na internet e muitos questionamentos de fiéis e do público. Em um comentário, a Igreja respondeu que “nós não podemos mais nos responsabilizar pelo Padre, mas desejamos que Deus abençoe todos os caminhos dele”.

Polêmica

Durante o período eleitoral, Kelmon protagonizou diversas polêmicas, a principal discussão foi se de fato ele seria padre. Após a repercussão da campanha, a entidade máxima da denominação ortodoxa predominante no Brasil, a Igreja Sirian Ortodoxa de Antioquia no Brasil, emitiu um comunicado. Em nota a Igreja disse que o padre Kelmon não é e nunca foi membro dessa igreja.

Já a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), representante dos bispos da igreja católica no país, também emitiu um comunicado e afirmou que o candidato que se apresenta como “padre Kelmon” não é sacerdote da Igreja Católica Apostólica Romana.

Vida política

Padre Kelmon não tem nenhum cargo eletivo no histórico e, antes deste ano de 2022, não havia se candidatado em nenhuma eleição, segundo informações que constam no portal do Tribunal Superior Eleitoral.

Mesmo sem ter concorrido a cargos políticos, Kelmon já foi filiado ao PT entre 2002 a 2009. Já em 2010, ele foi acusado de estar envolvido na distribuição de dois milhões de panfletos com fake news sobre a então candidata Dilma Rousseff (PT). A partir de 2018, Padre Kelmon ou a apoiar Jair Bolsonaro (PL). As informações foram divulgadas pela Gazeta.

Neste ano de 2022, Padre Kelmon, em um primeiro momento seria candidato a vice-presidente da República em uma chapa com Roberto Jefferson. Porém, a candidatura foi negada pelo TSE. Foi então, que com apenas 30 dias para o 1° turno, Kelmon resolveu se lançar candidato com o Pastor Gamonal como vice.

Nascido em Acajutiba, na Bahia, ele foi o 7° mais votado, dentre os 11 candidatos. Em Santa Catarina, Padre Kelmon conquistou 3.369 votos. Já em Chapecó, maior colégio eleitoral do Oeste, foram 85 votos, 0,07% do total.

Fonte: ND Mais