A diminuição da média de todos os ganhos do catarinense foi de R$ 108, quando ou de R$ 2.526 para R$ 2.418 em 2020.
O rendimento médio em Santa Catarina caiu 4,3% em 2020, o que supera a queda nacional, de 3,4%, revela o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (19).
Os dados da Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) contabiliza todas as fontes de renda, incluindo aposentadoria e benefícios sociais. A diminuição da renda média do catarinense foi de R$ 108, quando ou de R$ 2.526 para R$ 2.418 no ano ado.
A análise ocorre desde 2012 em todos os Estados brasileiros, além do Distrito Federal. Santa Catarina segue com o 5º maior rendimento nacional, atrás do Rio Grande do Sul (R$ 2.536), Rio de Janeiro (R$ 2.701), São Paulo (2.849) e Distrito Federal (R$ 3.974).
O rendimento médio do trabalho em Santa Catarina também registrou queda. Foram R$ 36 a menos que em 2019, fazendo com que o total caísse para R$ 2.563 e o Estado fosse ultraado nesse critério pelo Paraná, figurando como o 6º colocado nacional.
O Distrito Federal, líder também no rendimento médio do trabalho, teve queda, atingiu um total de R$ 4.215 em 2020, quase o triplo exato dos rendimentos do Piaí e do Maranhão, na faixa de R$ 1.400.
SC tem queda da desigualdade
A redução da desigualdade de renda no Estado, que crescia desde 2017, foi acompanhada pelo decréscimo de 4,6% no rendimento médio domiciliar per capita, aponta o IBGE. Santa Catarina segue desde 2012 com a melhor distribuição de renda no país.
Santa Catarina acompanhou a média nacional e teve queda na desigualdade em 2020. O índice de Gini, que mede concentração de renda e desigualdade econômica, ou de 0,421 para 0,412 no Estado.
Já no país, o índice foi de 0,544 para 0,524 entre 2019 e 2020. O indicador se refere ao rendimento domiciliar per capita, ou seja, o total da renda dividida pelo número de moradores. Quanto mais próximo a zero o índice, maior a igualdade de renda entre a população.
No ano ado foi registrado o menor índice de Gini na série histórica no país. Houve queda da desigualdade entre 2012 (início da pesquisa) e 2015, mas aumento a partir de 2018 até então.
Auxílio Emergencial contribuiu para diminuir desigualdade
A desigualdade em Santa Catarina alternou mais quedas e aumentos ao longo desses anos. O ponto mais alto dessa desigualdade foi em 2012 (0,435), e o mais baixo em 2014 (0,408). De 2017 até 2019 a desigualdade no Estado teve dois aumentos, até voltar a cair em 2020.
A maior desigualdade do país é do distrito federal, que também diminuiu em 2020, para 0,548. Análise do IBGE ressalta que, apesar da piora do mercado de trabalho e a queda de ocupação, o Auxílio Emergencial favoreceu uma distribuição de renda menos desigual.
A pesquisa estabelece os principais programas sociais: Bolsa Família, o BPC-Loas (Benefício de Prestação Continuada) e outros programas.
Santa Catarina foi o Estado com menor proporção de casas a receber esses programas: 1,4%, no caso do Bolsa Família (antes 7,2% no país como um todo); 0,9% no caso do BPC-Loas (ante 3,1%); e 9,1% no caso de outros programas (antes 23,7%), que incluem o Auxílio Emergencial.
Fonte: ND Mais