O sombriense João Pedro Maciel Generoso, de 14 anos, teve a honra de ser classificado para o super concorrido Trieste do Flamengo, onde apenas 2% dos pré-selecionados são aprovados. E João conseguiu a proeza não apenas uma vez, mas duas.
O Portal Uaaau conversou com a mãe coruja do João e conta a bela e promissora trajetória deste jogador que já acumula agens pelo Criciúma e Figueirense.
João Pedro participou no último dia 4 de junho de mais uma das muitas seleções para grandes times de futebol e ou na avaliação do Triesti do Flamengo, o Núcleo de Captação do Clube Triesti Regatas do Flamengo.
O menino, que aos cinco anos começou a treinar futebol na Escolinha do Juventude em Sombrio, aos dez, foi selecionado pelo Figueirense. A família não deixou que ele, tão pequeno, se mudasse para a capital para morar em um centro de treinamento, ainda não era a hora.
Novamente, aos 12 anos, em avaliações pelo Triesti do Flamengo e do Figueirense, João foi aprovado para os dois clubes. Para treinar no Flamengo, ele teria de se mudar para Curitiba, onde fica o centro de treinamento mais próximo e a família optou pelo Figueirense.
Sua mãe, Joziane Maciel Generoso, receosa de enviar um filho ainda criança para Curitiba e depois para o Rio de Janeiro, foi muito criticada na época. Ainda não era a hora.
Com João morando em Florianópolis e treinando pelo Figueirense, a pandemia veio com tudo e o menino voltou para Sombrio e hoje treina no Tênis Clube do município.
Mas esta grande promessa do futebol, não foi esquecida pelo olheiro do Flamengo. No dia 4, quando o olheiro do Triesti esteve novamente em Sombrio, logo entrou em contato com o professor do João, o Diego Santos. O resultado não poderia ser melhor: Agora é a hora! João está na lista de aprovados e vai para Curitiba no final do mês.

Destino traçado com o futebol
Joao treina para ser goleiro desde os cinco anos e sempre foi muito elogiado por professores e treinadores, se destacando nas avaliações. Mas sua relação com o futebol foi traçada muito cedo, com o amor e dedicação de toda a família, em especial do avô materno, com muita fé nas tradições.
Antes do João fazer 15 dias de vida, o avô cumpriu uma antiga tradição, de enterrar o umbigo do neto em um lugar que indicasse sua futura profissão. O local escolhido pelo avô, claro, foi uma goleira de futebol.
A mãe conta que, ainda aos três anos, João fez uma daquelas cenas comuns de crianças quando querem algo no mercado, mas não era um doce ou um carrinho: “era uma goleira de plástico, ele chorou muito e insistiu que queria uma.”
Aos cinco anos, João gostava tanto de bolas chegou a acumular até dez delas. “Todo natal e aniversário ele pedia uma bola. Aí falei que não ia dar mais nenhuma bola, ele já tinha dez! A gente perguntava: O que tu quer de natal? E ele respondia: não quero nada… Eu queria uma bola, mas se não posso mais ter bola não quero nada.”

Repetindo a tradição
Hoje, João Pedro é o irmão mais velho do fofo Rafael, que nasceu no dia do goleiro. A família foi repetir o feito, enterrando o umbigo do bebê em uma goleira. Ao final, João se ajoelhou e rezou, pedindo para que o irmão seja também um goleiro.

Professor visionário
Quando o jogador tinha oito anos, o professor Ricardo disse para Joziane que João tinha um grande diferencial sobre os outros meninos, que ele ia longe. A mãe, embora coruja, questionou o professor: “falei para o Ricardo que ele era muito novinho, que não tinha como saber. Ele insistiu e disse que eu ia ver, o João ia longe.”
Clube Triesti Regatas do Flamengo
O Triesti é um núcleo oficial de captação de atletas para jogarem no Flamengo, onde as categorias de base am de seis meses a um ano e meio treinando. O Triesti tem uma ótima estrutura e, basicamente, avalia talentos do futebol em diversos estados do país. Os olheiros viajam e convidam quem se destaca para uma semana de avaliação em Curitiba, no complexo chamado Trieste Stadium.
Para se ter uma ideia do nível de concorrência, entre outubro de 2018 e outubro de 2019, os olheiros visitaram 328 cidades. Ali foram observados mais de 50 mil atletas e apenas 1.500 aram para a fase de avaliação presencial, a mesma que o atleta sombriense ou.
Fonte: Potyra Pereira