A polêmica recomendação do Ministério Público Federal, que solicita a retirada de parte do deck do Morro dos Conventos e uma das alças de o a praia do deck, foi debatida nessa segunda-feira, durante a sessão da Câmara de Vereadores e Araranguá. Os técnicos da Fama (Fundação Ambiental de Araranguá) foram ao parlamento por sugestão do vereador Nelson Soares, e explicaram os motivos pelos quais foi concedida a licença ambiental do empreendimento e o porque ele deve permanecer lá.
De acordo com o biólogo da Fama, João Rosado, a situação das dunas do Morro dos Conventos, antes da construção do deck, era bem pior do que está atualmente, mesmo com menos de um ano da construção. “Nos tínhamos uma situação de uma duna extremamente degradada, devido ao frequente pisoteio no local, além da questão das casuarinas, que algumas pessoas criticam a sua retirada, mas são seres bastante agressivos com relação ao ecossistema de restinga”, explicou Rosado, mostrando fotos aos vereadores de antes da construção do deck e posterior a essa construção, com mais vegetação e acréscimo nas duas.
O biólogo ainda afirmou que o empreendimento foi analisado e uma sugestão de alteração foi feita pela fundação. “A prefeitura vislumbrava a construção desse deck já há algum tempo e o projeto original dele seria realmente de construir ele totalmente sobre a duna frontal. No entanto, através de uma analise e indicação da fundação ambiental, solicitamos que esse deck sofresse um recuo, para diminuição do sombreamento da vegetação de restinga, mantendo somente a área das arelas, que são necessárias para o à praia”, disse.
Já o procurador da Fama, Carlos Soares, afirmou que embora a fundação tenha autonomia e poder de polícia para retirar o deck, todo o empreendimento foi licenciado. “Foi estudado, foi analisado e foi aprovado e o nosso entendimento técnico, demonstrou que aquela obra foi feito dentro da mais correta norma ambiental corrente”, afirmou Soares.
Antes da recomendação à prefeitura, veio uma outra recomendação para a Fama, que foi negada de acordo com o procurador do órgão. “Nós dissemos não para eles. Se eles quiserem remover, que procurem a via judicial. Nós dissemos ao Ministério Púbico Federal que não iremos usar o nosso poder de polícia porque entendemos que aquela estrutura está correta, respeita as leis federais e lá vai ficar, lá vai permanecer”, concluiu Carlos Soares.
Fonte: Assessoria de Comunicação