Dia Nacional da Adoção: histórias de amor

0
59

Hoje, 25 de maio, é celebrado o Dia Nacional da Adoção. O Portal Uaaau ouviu emocionantes histórias de quem adotou, foi adotado ou quer adotar.

Dia Nacional da Adoção: histórias de amor 1

Nós queremos adotar

“Eu e o Nando, a gente já falava em adotar uma criança logo que nos conhecemos. Depois que a gente casou, planejamos uma gestação e o Pedro nasceu. A gravidez foi de muita preocupação, com riscos e Pedro nasceu prematuro.

Mas a gente não desistiu de adotar uma criança, só precisamos adiar a ideia quando descobrirmos que o Pedro é portador do espectro autista. Como ele tinha dificuldade em aceitar pessoas estranhas, ficamos com medo que ele não entendesse outra criança.

Com o tempo, ele começou a pedir um irmão. Quando eu falei que teria dificuldades em engravidar novamente, ele perguntou sobre adoção. Prometi que a gente ia amadurecer a ideia, e assim fizemos. No ano de 2019 entramos com o processo de adoção e fomos os três, eu, Nando e o Pedro no Fórum de Sombrio, para adotar uma menina de até nove anos, que poderia ter um irmão.

Enquanto a gente aguardava o processo que só teria início realmente no Curso para Adoção, eu descobri que estava grávida, aos 47 anos. O primeiro questionamento do Pedro foi sobre a irmã que chegaria com o processo de adoção. Combinamos que se todos estivessem de acordo – eu, ele e o Nando, a gente iria prosseguir.

O processo foi homologado em outubro de 2020 e hoje, estamos aguardando nosso menino, entre sete e nove anos”.

Dia Nacional da Adoção: histórias de amor 2

Deivid foi adotado ainda bebê pelo casal Arlindo e Ziza Cunha. Uma das promessas do pai era a de que ele sempre saberia de onde veio, e assim aconteceu. Ele conhece os irmãos biológicos, com quem tem laços profundos de amizade. Com os irmãos do coração, como ele chama, o amor e o carinho que os une são muito fortes.

Fui adotado

“Se eu disser que é a mesma coisa entre irmãos vou estar mentindo porque tenho muito mais relação com meus irmãos de coração. Com eles eu tenho muito carinho e amor, a Gislaine eu chamava de mãe, de tanto que amava o carinho que ela me dava, pois era ela que cuidava de mim diariamente. Jailton, nem se fala, quando perdi meu pai, eu fiquei sem chão, encontrei nele a imagem paterna, tenho grande iração por ele. Maria Angela, minha confidente, na felicidade ou na tristeza, é com ela que falo. Joel viaja muito e por isso não temos muito contato. Sou adotado e nunca senti ser tratado com diferença, muito pelo contrário, acho que sempre recebi mais atenção, sei lá, talvez por medo de me darem pouco e mais para os de sangue. Até hoje minha mãe Ziza me trata como se eu fosse criança que precisa de cuidados especiais, muito amor, carinho e preocupação. Sobre a adoção eu tenho só agradecer, principalmente para a família em que Deus “achou” pra mim. Tenho orgulho de ser um Cunha!

Deivid Cunha

Eu adotei

“Eu já tinha 4 filhos e, quando Deivid chegou, foi só alegria. Levamos na loja para comprar roupas, ao médico, compramos remédios também. Ele tinha uma saúde frágil. Quando começou a caminhar, só queria a Gislaine [hoje, prefeita de Sombrio]. Ele gostava de judô e ganhou muitas medalhas. Adorava futebol, como até hoje. Deivid, tua mãe te ama muito! Meu filho do coração, beijos, te amo muito”

Ziza Cunha

Fonte: Potyra Pereira