Ele confessou o crime à polícia, mas diz que sofreu ‘apagão’ e que não lembro do crime em São Domingos. Mãe, pai e duas crianças foram encontrados mortas em residência incendiada em maio.
A polícia indiciou um homem de 31 anos pela morte de um casal e os dois filhos (duas crianças) e por incendiar a residência dessa família em São Domingos, no Oeste catarinense. O inquérito foi concluído na sexta (9) e as informações divulgadas nesta terça-feira (13). O indiciado é amigo da família e confessou o crime ao ser ouvido pela segunda vez.
No entanto, segundo a Polícia Civil, ele relatou ter sofrido um “‘apagão”‘ e não lembrar o que aconteceu. O amigo foi indiciado por quatro homicídios qualificados e por ter ateado fogo na casa.
“Ele falou desse apagão só agora quando confessou. Antes ele negava. Ele afirma que teria usado cocaína e que, depois de ter feito esse uso, sentou no sofá e só lembra de ter acordado com a faca quebrada, ensanguentada em mãos, e todo mundo morto na residência”, conta o delegado Roberto Marin Fronza, responsável pela investigação.

Depois de matar a família a facadas, ele teria ateado fogo na casa como forma de tentar esconder o crime. O indiciado disse à polícia que só ele usou drogas naquela noite.
As vítimas, o homem de 34 anos, a mulher de 31, e os filhos de 10 e 11 anos, foram encontradas mortas em 8 de maio na casa onde moravam, que foi destruída por um incêndio. No dia da ocorrência, a Polícia Civil ainda não havia encontrado indício de incêndio criminoso (relembre no vídeo abaixo).
Ainda em maio, cerca de uma semana após o incêndio, um laudo do Instituto Geral de Perícias (IGP) apontou que a família morreu antes do incêndio, com ferimentos de arma branca.
O suspeito foi preso em maio na cidade de Ipuaçu, na mesma região, e continua detido em Xanxerê, também no Oeste. Na ocasião da prisão, a polícia não tinha detalhado qual era a ligação dele com a família. O G1 não conseguiu contato com a defesa.
Mesmo com a conclusão do inquérito e com o caso encaminhado ao judiciário, a possível motivação do crime não foi totalmente esclarecida.
“Não foi possível chegar a nenhum esclarecimento, justamente pelo fato de que ele alega que simplesmente apagou. A gente acredita que tenha sido realmente pelo uso da droga e que é possível que ele não se recorde mesmo dos fatos, dada a quantidade de droga que ele relatou ter utilizado”, detalhou o delegado.
Ainda em maio, o IGP identificou o casal, sendo que um deles foi identificado através de impressão digital e o outro, foi por exame de arcada dentária. As crianças foram submetidas a exames de DNA.
Fonte: G1-SC