Polícia Federal desarticula terminal de compartilhamento de arquivos de abuso e pornografia infantil

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A Operação P2J, que investiga o compartilhamento de arquivos relacionados a pornografia infantil, teve novos desdobramentos na manhã desta quinta-feira, dia 2. Desta vez, a Delegacia da Polícia Federal (PF) de Criciúma cumpriu mandado de busca e apreensão em uma casa na cidade de Tubarão, onde foi localizado um terminal de o à internet possivelmente utilizado para aquisição e compartilhamento de vídeos e imagens de abuso e exploração sexual infantil.

O mandado foi expedido pela 1ª Vara Federal de Criciúma e não houve prisões, apenas o recolhimento de equipamentos de informática, celulares e mídias de armazenamento. O material será submetido a perícia para identificar a comprovação dos crimes investigados. “Temos que arrecadar tudo, remeter para a perícia, fazer uma análise mais aprofundada e depois convocar os residentes para que sejam inquiridos e possamos identificar se algum deles ou (o terminal). Não conseguimos identificar (quem ou), mas sabemos que o trânsito (de arquivos) transcorreu naquele terminal de internet”, explica o delegado responsável pela investigação, Rafael Broietti.

A perícia também tentará identificar se o material compartilhado é antigo ou novo. E a partir disso verificar quem produziu e quem são as vítimas. “Encaminhamos para a perícia verificar os arquivos e imagens. Conseguimos levantar que houve compartilhamento. Vimos que compartilhou com outros usuários. Vamos buscar as imagens e identificar se é material novo ou antigo. Se for novo verifica a questão da produção e quem produziu. É um trabalho complexo que pode gerar novos desdobramentos”, afirma.

Sobre a operação

O crime de compartilhamento de arquivos de pornografia infantil, previsto no artigo 241-A do Estatuto da Criança e do Adolescente, é punido com pena de reclusão de 03 a 06 anos. Já o crime de posse de arquivos de pornografia infantil, tipificado no artigo 241-B do mesmo estatuto, é punido com pena de reclusão de 01 a 04 anos.

O nome da Operação P2J faz referência às redes de compartilhamento P2P, um dos principais ambientes utilizados por criminosos para a obtenção e compartilhamento de material relacionado a abuso e exploração sexual infanto-juvenil. “Esta operação, conta com apoio do organismo internacional CRC – Child Rescue Coalition, e tem por escopo auxiliar forças tarefas internacionais na luta pela erradicação de materiais contendo cenas de Abuso e Exploração Sexual Infantil na Internet, bem como identificar possíveis abusadores”, informa a PF.

Prisão em Cocal do Sul

Em outra fase da operação, deflagrada no dia 24 de agosto em Cocal do Sul, um homem de 48 anos foi preso em flagrante por armazenar e compartilhar arquivos de pornografia infantil. Ele foi detido em casa, onde agentes da Polícia Federal (PF) também apreenderam equipamentos de informática, celulares e mídias de armazenamento.

Segundo informações da PF, as investigações foram iniciadas a partir de relatórios de informação produzidos pela Delegacia de Polícia Federal em Criciúma. Os dados resultaram na identificação do suspeito, que compartilhou arquivos com cenas de violência sexual contra crianças e adolescentes.

Fonte: Engeplus